🌹 BRISA DA SEMANA

“Pinto flores para que elas não morram.”

Frida Kahlo

O corpo como espelho

Frida nunca quis ser exemplo. Ela só queria existir de forma honesta, e, sem querer, virou um.


Pintava o que via, o que sentia, o que sangrava, o que florescia. Não fazia distinção entre a dor e o prazer, entre o corpo e a alma, tudo nela era matéria viva.

E talvez seja isso que mais fascina, a forma como ela transformava o próprio corpo em espelho, não para se admirar, mas para se reconhecer.

Enquanto o mundo pedia discrição, ela colocava cor, enquanto esperavam perfeição, ela oferecia verdade.

E quantas vezes nos deixamos de lado por medo?

A mulher que transbordava

Frida não sabia viver pela metade.

Quando amava, era incêndio, quando criava, era tempestade, quando se calava, era só para ouvir o próprio coração batendo mais alto que o mundo.

Ela não pedia licença para ser intensa, simplesmente era.

Amava Diego com a mesma força com que se libertava dele, ria alto, se pintava como queria, falava o que pensava.

E no meio de tantos “demais”, construiu uma forma única de estar no mundo.

Em tempos em que nos ensinam a conter, Frida lembra que transbordar é uma forma de liberdade. Ser inteira é permitir que a vida te atravesse, sem tentar medir o quanto de você é aceitável.

Ela não romantizava o caos, mas entendia que sentir tudo, o bom e o ruim, o leve e o denso, era o preço de viver desperta.

A coragem de ser contraditória

Frida tinha muitos sentimentos, e não tinha medo de se expressar e talvez nisso estivesse o segredo da sua força, ela nunca tentou escolher um lado.

Deusa, quantas vezes você se censurou pra caber na expectativa do outro?

Quantas vezes suavizou a voz, o desejo, a opinião, só pra não parecer “demais”?

Frida não se encaixava. E nem queria. Ela mostrava que ser inteira é abraçar as contradições, é aceitar que dentro da gente cabe o amor e a raiva, o medo e a coragem, o caos e o sagrado, tudo junto, tudo misturado, tudo vivo.

Ser contraditória não é fraqueza. É humanidade.

E talvez o maior ato de liberdade seja esse: permitir-se mudar, sentir diferente, recomeçar quantas vezes for preciso, sem pedir desculpa por existir de mais de um jeito.

A beleza de não caber

Frida vivia em um tempo que queria mulheres caladas, delicadas, invisíveis e ela respondeu com cor, com arte, com presença.

Se vestia como queria, falava de política, discutia com intelectuais, amava quem queria amar. Foi ativista, questionadora e pagou o preço por isso.

Mas, deusa, ela nunca desistiu de ser quem era.

Enquanto o mundo tentava reduzi-la a um retrato exótico, Frida usava o próprio corpo como manifesto.

Transformava a dor em protesto, o amor em bandeira, a arte em resistência.

E talvez seja essa a parte mais poderosa da sua história: ela não pintava flores só para que não morressem, pintava pra lembrar que mesmo ferida, a vida floresce.

Frida nos lembra que não é preciso caber no outro para pertencer. Às vezes, é justamente o que sobra de nós que muda o mundo…

Já tinha pensado sobre isso?

Frida foi muito mais do que uma artista, ela foi uma das mulheres mais importantes do século XX, um símbolo de liberdade, de resistência e de coragem criativa.

Realmente inspiradora para nós mulheres nos dias de hoje.

Enquanto o mundo tentava enquadrar mulheres em moldes, ela rasgava molduras.

Pintava sobre si, sobre política, sobre o corpo, sobre o amor, tudo com a mesma intensidade.

Ela teve coragem de se expressar em um momento tão difícil, e hoje, temos medo… de simplesmente sermos quem somos de verdade. Ou você me diria que nunca precisou fazer isso?

E talvez o maior legado dela seja esse de lembrar que viver com verdade é, por si só, um ato político.

Deusa, o que seria o seu manifesto hoje? Em que parte da vida você tem se censurado só para caber?

Não precisa de pincel, nem de cavalete. Basta um gesto, uma escolha, uma palavra dita no momento certo.

Se permita sentir tudo, sem pressa de entender.
Expresse o que carrega: escreva, cante, desenhe, fale, viva.
E nunca peça desculpas por ser intensa.

Frida viveu para provar que não existe poder maior do que uma mulher que se recusa a ser apagada.

Entre eu e você

Às vezes eu penso que o mundo ainda não aprendeu a lidar com mulheres que não se editam.

Que falam o que pensam, que amam com intensidade, que mudam de ideia, que se reinventam sem pedir licença.

E é por isso que Frida continua tão viva porque ela é espelho e convite.

Espelho, porque nos vemos nela quando ousamos ser quem somos de verdade.

Convite, porque ela nos lembra que viver com alma é permitir que o belo e o caótico coexistam dentro da mesma pele.

Deusa, ser inteira não é ser perfeita. É aceitar as rachaduras, as contradições, os altos e baixos, e ainda assim escolher viver com cor.

Frida Kahlo não pintou apenas quadros, ela pintou possibilidades.

Foi uma das vozes femininas mais marcantes do século XX, e mesmo décadas depois, continua a nos ensinar sobre autenticidade, liberdade e coragem de ser.

Frida não apenas inspirou o feminismo moderno, ela o viveu, antes que o mundo tivesse palavras pra isso.

Que o legado dela te lembre, deusa: viver com verdade é o ato mais revolucionário que existe.

“Eu sou minha própria musa. Sou o assunto que conheço melhor.”

— Frida Kahlo

E se quiser se aprofundar na história dessa mulher extraordinária, recomendo o filme
“Frida” (2002), dirigido por Julie Taymor e estrelado por Salma Hayek, uma obra linda e visceral sobre a vida, o amor e a força criativa de Frida Kahlo.

Com carinho,

Laylä Föz 🌙

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